Bebê morre asfixiado após mãe dormir amamentando: como evitar esta e outras situações de risco e como socorrer.
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Matéria publicada em 6 de julho de 2016
Um bebê de 20 dias morreu asfixiado acidentalmente em virtude de a mãe ter pegado no sono enquanto o amamentava. A fatalidade aconteceu nesta terça-feira em Cascavel (SC) e é um alerta aos pais sobre as situações de risco em que o recém-nascido pode ter complicações de saúde e, em casos mais sérios, ser levado à morte.
De acordo com o site TN Online, a mãe dormiu durante a amamentação e, quando acordou, a criança já estava em parada cardiorrespiratória. O Corpo de Bombeiros tentou várias manobras para tentar salvar o recém-nascido, mas não houve êxito.
O risco de o bebê ter asfixia não se dá apenas por conta do engasgamento com o leite materno, como neste caso. Outros hábitos durante os primeiros dias de vida da criança, como colocá-la no meio dos pais na cama e proteger com excesso de mantas e protetores, também são situações de perigo, como explicou a pediatra Teresa Uras, coordenadora da UTI Neonatal e do Centro de Medicina Fetal e perinatal do Hospital Samaritano de São Paulo.
Entenda como evitar acidentes com o bebê em situações de sufocamento ou engasgo.
Asfixia em bebês: como evitar possíveis causas
Na amamentação
Após o nascimento do bebê, a mãe passa a ter uma rotina exaustiva: além dos cuidados com a criança durante o dia, o sono interrompido várias vezes na noite por conta das mamadas compromete o estado de atenção das mulheres. Se não há a colaboração de outro adulto, como o pai, familiar ou amigo, a mulher se sente cansada, física e mentalmente.
A pediatra Teresa Uras destaca que a única forma possível de a mãe prevenir uma situação de perigo, como dormir enquanto amamenta, é contar com a ajuda de outra pessoa para realizar as tarefas do dia a dia.
“A mulher precisa que alguém ajude a cuidar da casa, por exemplo, e ela precisa ter tempo para se alimentar, tomar banho e descansar. Em relação à amamentação, a orientação é que a mãe, ainda nas primeiras 48 horas, conheça o ritmo do bebê”, destaca a médica, que ressalta que o ideal é que a amamentação seja feita por livre demanda, isto é, sempre que o bebê sentir fome.
Ela explica que as orientações sobre a amamentação devem ser ensinadas à mãe e a mais um adulto, que se tornará um parceiro nos cuidados com o recém-nascido nesta fase. Abaixo, você confere as mais importantes, segundo a pediatra:
Quando é muito pequeno, nem sempre o bebê arrota depois que mama. Por isso, se ele não arrotar, é necessário que ele durma de barriga para cima.
É preciso saber a técnica que o ajudará a abocanhar o peito, pois “quando a mama está cheia, às vezes o bebê tem dificuldades de sugar e deglutir”. Busque informações com o pediatra que atenderá a criança, em bancos de leite ou em postos de saúde.
Na hora de dormir
O hábito de colocar o bebê na cama com os pais é muito perigoso e deve ser evitado, como explica Teresa. O risco de os pais se mexerem e sufocarem o bebê é grande, por isso, o ideal é que ele tenha um berço próprio.
“Isso aumenta o risco de sufocamento e morte. Colocar um bebê que não tem todas as vacinas em dia muito próximo aos pais, que chegam da rua, por exemplo, pode comprometer a saúde da criança”.
No carrinho ou no berço
O bebê não deve ter a cabeça coberta durante o sono. Também evite colocar mantas e protetores de carrinho ou de berço ou qualquer outro objeto, como bichinhos de pelúcia, que possam cair no rosto da criança e dificultar a respiração.
Bebê engasgou: socorros
Dê leves batidinhas para ele desengasgar
O que não fazer
Em situações de emergência, de engasgo ou sufocamento, não jogue o bebê para cima, nem sopre em sua boca e muito menos tente dar água à criança.
O que fazer
“É preciso fazer uma manobra em que o bebê fique com a cabeça para baixo, apoiado na perna do adulto. Então, dar uma batidinha nas costas para remover o líquido das vias respiratórias”. Pare com as batidinhas assim que o bebê voltar a respirar normalmente.
Outra dica é, quando o bebê estiver deitado, deixe-o com a cabeça elevada a 45 graus e com barriga para cima.
Todos esses cuidados, além de prevenir casos de sufocamento e engasgo, são importantes para evitar a síndrome da morte súbita do lactente, comum a crianças de dois a quatro meses.
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