Chaves para conhecer a síndrome do ovário policístico (SOP)
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Muitas mulheres têm um problema em seu ciclo reprodutor que se denomina Síndrome do Ovário Policístico (em sua forma abreviada: SOP). Esta constitui um sinal de um mau funcionamento hormonal e, como consequência, afeta múltiplas áreas.
Sabe-se que, habitualmente, para a ocorrência da SOP, conflui a influência de vários fatores (alimentação, gordura corporal, conflitos interiores, estresse, etc.), e se supõe que as causas sejam diversas. Vejamos as chaves para conhecer a síndrome do ovário policístico (SOP)
-Clarissa Pinkola Estes-
Os ovários são esses órgãos pequenos, de forma oval e cor de pérola, situados logo abaixo das trompas de Falópio, um de cada lado do útero. Eles são os responsáveis pela produção de óvulos ou ovócitos.
Quando os andrógenos permanecem elevados, o ciclo hormonal da mulher não evolui e, no final, os níveis tendem a ser estáticos. Desse modo, os ovários vão conter muitos pequenos cistos produzidos em óvulos subdesenvolvidos.
Como consequência, na ultrassonografia, os ovários podem ser vistos aumentados e com múltiplos pequenos cistos debaixo da superfície. Por isso, este problema se denomina síndrome dos ovários policísticos.
A síndrome do ovário policístico pode ser desencadeada pelas emoções, pelos pensamentos, pela alimentação e pela própria história de vida.
Atualmente, sabe-se que não é uma doença, mas um sinal de um desequilíbrio fisiológico hormonal. Do mesmo modo, cabe destacar que, ainda que existam alguns casos congênitos, na verdade, não existem causas hereditárias conhecidas para o desenvolvimento da SOP.
Infelizmente, a medicina ortodoxa não sabe explicar a razão, nem como se produz este problema; no entanto, se sabe que está muito relacionado com o excesso de gordura corporal.
De fato, os dados indicam que as mulheres com a cintura muito larga, em relação ao quadril (o seja, com forma de maçã), são mais propensas a este tipo de disfunções dos ovários.
Outra possibilidade é que os problemas hormonais se devam a disfunções hipotalâmicas ou a outros fatores como o estresse emocional e outros conflitos psicológicos.
Os ovários policísticos não produzem óvulos e, por isso, o corpo produz demasiados andrógenos. Como consequência, o ciclo menstrual da mulher fica inibido ou obstruído, sendo que as menstruações cessam ou se tornam muito irregulares.
É sabido que, muitas vezes, a hiperprodução de andrógenos se deve a um nível demasiado elevado de insulina na circulação. Sabendo isso, a pergunta inevitável é se o erro pode estar em nossa dieta.
A resposta tem uma alta probabilidade de ser afirmativa se nossa alimentação contiver uma grande quantidade de produtos refinados. Nesse caso, além da hiperprodução de andrógenos, apresentamos um maior risco de obesidade, diabetes, hirsutismo (excessivo pelo facial) e doenças cardíacas.
Por outro lado, o hormônio do estresse (o cortisol) também tem o poder de aumentar a quantidade de insulina no sangue e, como consequência, reforçar a produção de andrógenos.
Devido a que na maior parte dos casos de SOP, a medicina não pode decifrar a causa, o tratamento se orienta a atenuar os sintomas. Assim, vejamos que alternativas que conhecemos.
Atualmente, se costumam receitar alguns destes tratamentos:
Tanto as pílulas como a progestina impedem o excesso de revestimento do útero, pelo que, a longo prazo, evitam os danos derivados da acumulação ocasionada por não menstruar.
Ainda assim, apesar de prevenirem alguns riscos, só mascaram os sintomas sem tratarem a causa ou o problema subjacente que ocasiona a amenorreia, ou falta de menstruação, e os incômodos provocados pelo SOP.
Realizar modificações em nossa dieta pode ter efeitos muito positivos na hora de equilibrar os níveis hormonais. Por isso, devemos reduzir ou eliminar o consumo de alimentos refinados e optar por produtos naturais.
Os alimentos ricos em fibra nos ajudam a restabelecer os níveis saudáveis de insulina, a nos sentirmos melhor e a eliminar o excesso de gordura corporal.
Devido a que a síndrome do ovário policístico pode ser originada por conflitos emocionais diversos, é importante explorar e cuidar dessa parte.
Devemos identificar as mensagens negativas que podemos estar interiorizando e que estão nos prejudicando e bloqueá-las. Na verdade, muitas vezes basta ficar atento ao nosso fluxo emocional, pois, como já dissemos, nossas estruturas neuroquímicas estão super conectadas.
Nesse sentido, não podemos nos permitir falhar com nós mesmas, por isso não devemos nos resignar a conviver com este problema, mas temos que tentar adaptar a nossa vida às alternativas que nos oferecem maior equilíbrio.
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