Deborah Blando teve Síndrome do Pânico: como identificar se você tem o problema?
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Famosa nos anos 90, com músicas em novelas e uma agenda lotada de shows, Deborah Blando se afastou dos palcos e da mídia para tratar de dois problemas sérios: depressão e síndrome do pânico. Atualmente, aos 46 anos e recuperada, a cantora, que nasceu na Itália, mas foi criada no Brasil desde pequena, prepara sua volta ao mundo artístico, com o lançamento de um DVD com músicas inéditas.
Em entrevista à Revista Quem, ela contou que sempre levou uma vida voltada para o lado profissional, e não para o pessoal, mas que não sabia fazer outra coisa que não fosse cantar e precisou parar para ver o que realmente queria. “O pânico vem quando a pessoa vive uma realidade que não é a dela. Tinha pânico de andar na rua, não sabia lidar com isso. Não queria ser grossa com ninguém, mas não tinha vontade de parar para autógrafos, fotos”, lembra.
A primeira crise de pânico da cantora aconteceu em 1993. Depois, outra vez em 1997, quando fazia cerca de 180 shows por ano. Com as mudanças no mercado fonográfico em 2003, veio a depressão e ela passou a se sentir infeliz com a vida profissional. Nessa época, ela se mudou para um templo budista em Los Angeles, nos Estados Unidos.
As principais características da síndrome do pânico são crises súbitas de medo intenso, como as que aconteceram com Deborah. Elas podem surgir a qualquer momento e duram entre cinco e 30 minutos, com uma grande descarga de adrenalina e geram medos irracionais, fazendo com que a pessoa passe a achar que algo de ruim está para acontecer.
Fisicamente os sintomas são transpiração nas mãos, pernas tremendo, palpitação e boca seca. Também podem ocorrer náuseas, taquicardia, tontura, falta de ar e sensação de sufocamento.
A psicóloga e psicoterapeuta Fátima de Camillo, especializada em síndrome do pânico, explica que situações de muito estresse ou traumáticas podem desencadear o problema. Além disso, quando há acúmulo de insatisfações ao longo da vida com trabalho, família, relacionamentos, entre outros, uma ocasião pontual pode ser a gota d’água. As principais vítimas são pessoas mais perfeccionistas, que se cobram muito.
O tratamento de Deborah Blando foi realizado com sessões de psicanálise e remédios. “Os remédios adiantam na hora. Apagam a crise, mas não são a solução. As sessões de psicanálise que me ajudaram de verdade”, conta.
Hoje ela se considera mais madura e muito feliz. “Parece que minha vida e minha carreira estão começando agora. Não adianta ter fama, dinheiro. A felicidade não se encontra fora da mente, ela não está no dinheiro, tem que ser interna. Antes, tudo o que queria era fazer sucesso. Cheguei lá e vi que não era o que imaginava”, diz.
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