Mitos e curiosidades sobre o álcool
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Desde o tradicional “não vou mais beber” aos remédios caseiros para curar a ressaca, tudo que está relacionado a bebidas pode ser real ou apenas fazer parte do imaginário popular. Se você quiser saber o que há de verdadeiro em cada um dos mitos e curiosidades sobre o álcool e a embriaguez, leia o texto abaixo.
É recomendável comer algo no dia seguinte de uma noite de bebedeira ao levantar-se? É verdade que o café e o refrigerante cortam os efeitos do álcool? É melhor ser abstêmio ou acostumar-se a beber? Consumir álcool mata os neurônios? O que significa saber beber?
São muitas perguntas para poucas respostas exatas. Um remédio só pode ser considerado efetivo ou não, se consumido. Cada indivíduo reage com respostas diferentes às substâncias ingeridas. O que funciona para um, pode não funcionar para outro.
Às vezes, o indivíduo precisa pensar que está bêbado para se comportar de maneira desinibida. Várias experiências comprovaram isso, em um dos casos, um grupo de pessoas bebeu cerveja sem álcool sem ter conhecimento do teor ou da ausência dele na bebida e, essas mesmas pessoas se comportaram como se estivessem bêbadas. O resultado foi o chamado “efeito placebo”, através de mensagens enviadas ao cérebro, o indivíduo acredita estar bêbado e reproduz esse comportamento como resposta a essas mensagens. Foi constatado que esse efeito pode ser muito mais forte do que o esperado.
Na época das grandes nevascas na Suíça, cães da raça São Bernardo eram criados e ensinados a resgatar pessoas do frio intenso, tempos depois disso, se criou uma lenda de que esses cães carregavam barris de cerveja no pescoço para darem as vítimas. Durante muito tempo as pessoas acreditaram que o álcool fornece calor, mas essa afirmação não é verdadeira. O que o álcool proporciona quando consumido é uma sensação de aquecimento, devido à dilatação dos vasos sanguíneos, ocasionando a ruborização da pele.
Essa afirmação é verdadeira, e é por isso que muitos consumidores “fiéis” do álcool acabam tendo problemas hepáticos mais cedo ou mais tarde. O mito começa com a creença de que a prática de atividades físicas elimina o álcool pelo suor. Apenas 10% do álcool ingerido será eliminado através dos poros da pele, não importando a carga de exercício que a pessoa esteja disposta a praticar. 90% restante passará pelo fígado indefectivelmente. Tomar café e beber refrigerante também não vai cortar o efeito do álcool ou “tirar” a ressaca. O fígado trabalhará intensamente até eliminar todo o resquício do álcool, por isso é importante evitar os excessos.
Provavelmente você alguma vez já bebeu sob a desculpa de esquecer um problema pessoal ou uma relação amorosa, nesses casos o efeito do álcool é totalmente oposto. O álcool estimula as áreas do cérebro responsáveis pelas lembranças e aprendizagem. A pessoa provavelmente vai se lembrar do que queria esquecer e sofrerá ainda mais.
O álcool não vai fazer os neurônios morrerem e felizmente estudos atuais comprovam a capacidade de regeneração dos neurônios. Porém, o consumo abusivo dessa substância pode comprometer parte das funções do cérebro, inibir o crescimento de novas células dessa parte do corpo e aumentar o risco de doenças degenerativas.
Talvez o médico tenha dito que beber uma taça de vinho no almoço e outra no jantar seja ideal para prevenir doenças cardíacas e diabetes, mas essas doses são exageradas de acordo com novas pesquisas relacionadas ao assunto.
A quantidade ideal corresponde a meia taça por dia.
Essa patologia é conhecida também como anorexia alcoólica (drunkorexia) e combina alcoolismo com bulimia e/ou anorexia. A pessoa afetada deixa de comer e só consome álcool. Trata-se de um transtorno alimentar que costuma afetar as mulheres de menos de 30 anos, provocando danos físicos e psicológicos como depressão, desnutrição e irregularidades no ciclo menstrual.
Muitos acreditam que não há problema em se embebedar todos os fins de semana e se abster durante a semana. No entanto, abusar do álcool durante esses dias duplica o risco de sofrer uma parada cardíaca.
As estatísticas indicam que o continente onde o consumo de álcool é maior é a América. A média de consumo dos 35 países que compõem o continente é de 8,5 litros de álcool puro por ano. A média dos demais continentes é de 6 litros. As bebidas alcoólicas estão relacionadas ao maior número de atendimentos em hospitais públicos, ausências no trabalho, violência doméstica, suicídios, acidentes de trânsito, brigas de rua, etc.
Para não se embriagar, é preciso não misturar as bebidas, o segredo é manter a mesma bebida do primeiro ao último gole. Para saber como a pessoa vai se levantar no dia seguinte, é só olhar a cor da bebida: quanto mais escura, pior a pessoa se sentirá no período da ressaca. Isto se deve aos congêneres, um componente presente em muitas bebidas. A seguir veremos uma pequena lista em ordem decrescente do mal estar que as bebidas provocam, quanto maior o nível na lista, pior é a ressaca:
Dependendo do país, o termo “ressaca” pode receber outros nomes, entre eles: cruda, guayabo, hangover ou Futsu-ka-yoi. Na medicina, a palavra usada vem do noruego “kveis” que quer dizer intranquilidade e do grego “algia” que significa dor. Pesquisadores do Imperial College em Londres estão empenhados trabalhando em um projeto para conseguir uma bebida que proporcione o mesmo efeito do álcool sobre o cérebro, mas que não tenha os mesmos efeitos colaterais.
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