O que acontece quando engolimos o chiclete? E o papel do Trident?
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Mascar um chicletinho é um hábito que você e mais milhões de pessoas já fizeram nessa vida. Redondos, quadradinhos, em formatos diferentes, não importa o tipo e o sabor, chiclete é um entretenimento alimentar que distrai muita gente.
Você sabia que os sabores distintos de algumas frutas dão origem ao famoso, e bastante consumido, sabor tutti-frutti?
Além de consumir os vários sabores e mascar várias gomas, muita gente passa pelo acidente de engolir o chiclete.
E o que será que acontece quando engolimos o chiclete? E o papelzinho que nele vem embalado, será que faz mal?
As lendas urbanas sempre contaram que se você engolir um chiclete, ele ficará parado no seu estômago para sempre ou que a pessoa passaria cerca de 7 anos com ele alojado na barriga. Mas não é bem isso que acontece com esse composto à base de goma de mascar, aromatizantes, emoliente, conservantes e bastante açúcar.
Mas engolir a goma e achar que pode passar mal por isto é apenas um mito que te contaram e nossas mães ficaram repassando de geração a geração. Quando se ingere uma goma de mascar, ela simplesmente passa pelo sistema digestório e acaba saindo por meio das fezes.
Os compostos contidos no chiclete, como os conservantes, o açúcar e os corantes acabam sendo digeridos, no entanto nenhuma das enzimas estomacais consegue digerir a goma e o intestino acaba excretando-a, de forma intacta, pelas fezes.
De acordo com o gastroenterologista Guilherme Becker Sander, “Componentes como corantes e açúcar, utilizados para dar sabor à goma, são dissolvidos ainda na boca, durante a mastigação, e depois são absorvidos. Mas o chiclete, caso engolido, é eliminado junto com as fezes”.
Depois que um chiclete é mastigado e processado pela boca, assume uma forma de goma pequena que passa, sem dificuldade alguma, pelo estômago e os intestinos.
O chiclete acabou se tornando uma “goma de entretenimento bucal adocicada” durante o período da Segunda Guerra Mundial com os soldados americanos protagonizando essa narrativa. Além disso, entram no cenário o cultivo dos sapotizeiros que não atendia mais à demanda(as primeiras versões do chiclete industrial foi fabricada com a seiva do sapotizeiro, o chicle).
As gomas de mascar atuais utilizam polímeros naturais ou mesmo de fabricação sintética. Cada fabricante tem sua fórmula e material, com o intuito de conseguir sabor e elasticidade em teores considerados “perfeito”.
De acordo com o próprio fabricante do chiclete, a goma é envolta de um papel parafinado com o único intuito de proteger e impedir que os outros chicletes grudem uns nos outros. É mais uma questão de evitar que eles se grudem do que propriamente ser feito para ir parar na sua boca e ser consumido.
Muitas teorias afirmam que o papel do chiclete era feito de arroz e impresso com uma espécie de corante comestível embutido, no entanto isso é apenas um mito.
O site da Trident informa na aba do Atendimento ao Consumidor:
“O papel do Trident é comestível?
Informamos que o papel interno do produto não é comestível. Sua única função é proteger as gomas, evitando que as mesmas se grudem.”
Você já comeu o papelzinho do Trident? Já engoliu o chiclete alguma vez? Mande para gente nos comentários, conte aí a sua experiência com chiclete.
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